A “chuva preta”, resultante da fumaça das queimadas em várias regiões do Brasil, deve atingir São Paulo e outros estados nos próximos dias. Meteorologistas alertam que esse fenômeno é causado pela combinação de fuligem e poluentes atmosféricos que se misturam com as gotas de chuva, resultando em água contaminada que pode afetar a vegetação e os corpos d’água.
Desde quarta-feira (11), a cidade de São Paulo já apresenta sinais de chuva poluída, especialmente na Zona Oeste, próxima a Osasco. No entanto, o interior do estado é o mais vulnerável, devido à intensidade das queimadas recentes. A previsão é que a situação se agrave com a chegada de uma frente fria vinda do Sul.
Com a aproximação dessa frente fria, a quantidade de fumaça no ar deve aumentar, especialmente durante o fim de semana. Os ventos, que devem ser moderados a fortes, podem trazer mais fumaça para a região, resultando em fenômenos adicionais como redemoinhos e cortinas de poeira.
No Rio Grande do Sul, a MetSul Meteorologia prevê que todas as regiões do estado possam experimentar a “chuva preta” entre quarta e quinta-feira. A capital, Porto Alegre, e sua região metropolitana estão entre as áreas mais afetadas. Na sexta-feira, a chuva poluída deve se espalhar para Santa Catarina e Paraná, persistindo ao longo do fim de semana.
Diante desse cenário, o governo do Rio Grande do Sul emitiu recomendações para a população. É fundamental que as pessoas fiquem atentas às previsões meteorológicas e à qualidade do ar, além de manterem-se hidratadas e com as vias respiratórias úmidas.
Evitar atividades ao ar livre e manter portas e janelas fechadas são medidas essenciais. Grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e gestantes, devem estar atentos a possíveis sintomas respiratórios e buscar atendimento médico se necessário. O uso de máscaras é aconselhado para aqueles com condições de saúde pré-existentes.
A situação é preocupante, pois a chuva poluída pode ter efeitos adversos na saúde pública, especialmente em áreas já afetadas por queimadas. A conscientização e a adoção de medidas preventivas são cruciais para minimizar os riscos associados a esse fenômeno.
Por fim, é importante que a população se mantenha informada e siga as orientações das autoridades para garantir a saúde e o bem-estar durante esse período crítico.