Nesta quarta-feira, o foco dos investidores está voltado para dois importantes indicadores econômicos: a inflação ao consumidor nos Estados Unidos e as vendas no varejo no Brasil. Esses dados são cruciais para ajustar as expectativas sobre as taxas de juros em ambos os países.
Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) de julho será divulgado, e os investidores aguardam ansiosamente para ver se a inflação continua a desacelerar. O resultado pode influenciar as decisões do Federal Reserve sobre possíveis cortes nas taxas de juros, com apostas divididas entre um corte de 0,25 e 0,50 ponto percentual.
A desaceleração do índice de preços ao produtor (PPI) nos EUA já havia surpreendido o mercado, aumentando a incerteza sobre a política monetária. Atualmente, 53,5% dos investidores esperam um corte de 0,50 ponto percentual, enquanto 46,5% apostam em uma redução menor.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará as vendas do varejo de junho. As expectativas variam, mas a mediana aponta para estabilidade em relação a maio. Um aumento inesperado nas vendas pode pressionar a inflação e influenciar as decisões do Banco Central sobre a taxa Selic.
Na semana passada, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou aceleração, aumentando a possibilidade de elevação dos juros. O Banco Central tem sinalizado que uma alta na Selic, atualmente em 10,5% ao ano, está em consideração.
Os discursos recentes dos diretores do Banco Central têm sido mais rígidos, destacando a necessidade de combater a inflação. O diretor de política econômica, Diogo Guillen, expressou preocupação com as expectativas inflacionárias e a necessidade de ação.
Esses desenvolvimentos são monitorados de perto pelos mercados, especialmente os juros futuros, que podem ser impactados por qualquer mudança nas expectativas de inflação. A renda fixa continua atraente, enquanto os investimentos em renda variável enfrentam desafios.
Em resumo, os dados econômicos desta quarta-feira são fundamentais para determinar o rumo das políticas monetárias nos EUA e no Brasil, com potenciais impactos significativos nos mercados financeiros.