A qualidade dos rios da Mata Atlântica está em alerta segundo o relatório Observando os Rios 2025 divulgado pela SOS Mata Atlântica em 21 de março de 2025. O estudo aponta que 75,2% dos rios monitorados apresentam água em condição regular enquanto apenas 8,2% têm qualidade boa e nenhum alcança o nível ótimo. A qualidade dos rios da Mata Atlântica reflete desafios ambientais persistentes com destaque para o estado de São Paulo que concentra os piores casos de deterioração. Dos 183 pontos analisados em 17 estados o cenário mostra uma leve melhora geral mas também uma fragilidade preocupante. Especialistas temem que a falta de ações contínuas piore ainda mais esse quadro. O relatório serve como um chamado urgente para proteger esse bioma vital.
O estado de São Paulo lidera as estatísticas negativas na qualidade dos rios da Mata Atlântica conforme o levantamento. Dos 13 pontos com qualidade ruim ou péssima no Brasil nove estão em território paulista incluindo trechos críticos como o Rio Pinheiros e o Rio Tietê em Suzano. A qualidade dos rios da Mata Atlântica em São Paulo sofreu uma piora significativa em locais como o Córrego Sapateiro que caiu de boa para regular em apenas um ano. Isso evidencia a pressão urbana e industrial sobre os corpos d’água do estado mais populoso do país. A ausência de manutenção em áreas previamente recuperadas é apontada como um fator decisivo. Esses dados reforçam a necessidade de políticas locais mais eficazes.
A qualidade dos rios da Mata Atlântica melhorou em alguns pontos específicos mas o progresso é lento e desigual. O relatório destaca avanços em 15 locais como o Rio Jundiaí em Salto que manteve água boa por sete meses consecutivos graças a investimentos em saneamento. A qualidade dos rios da Mata Atlântica também subiu em trechos do Rio Tietê na divisa entre São Paulo e Guarulhos passando de ruim para regular. Esses ganhos são atribuídos a esforços conjuntos entre prefeituras e comunidades locais. Apesar disso os casos de piora em quatro pontos mostram que os avanços não são uniformes. A inconsistência exige atenção redobrada para evitar retrocessos.
A metodologia do estudo sobre a qualidade dos rios da Mata Atlântica utiliza o Índice de Qualidade da Água (IQA) adaptado desde 1974 no Brasil. Voluntários coletaram 944 amostras em 183 pontos de 104 rios analisando parâmetros como oxigênio dissolvido turbidez e presença de coliformes. A qualidade dos rios da Mata Atlântica é classificada em cinco níveis sendo regular o mais comum em 138 pontos analisados. Apenas 15 pontos alcançaram a categoria boa enquanto 13 foram considerados ruins ou péssimos. Esse método revela a saúde ambiental dos rios e os impactos de poluentes como esgoto e agrotóxicos. Os dados são um espelho das agressões sofridas pelo bioma.
A qualidade dos rios da Mata Atlântica está diretamente ligada ao desmatamento e à urbanização descontrolada segundo os especialistas da SOS Mata Atlântica. A retirada da vegetação nativa que age como filtro natural aumenta a carga de sedimentos e poluentes nos rios. A qualidade dos rios da Mata Atlântica sofre ainda mais em áreas urbanas onde o esgoto doméstico é despejado sem tratamento adequado. Em São Paulo esse problema é agravado pela densidade populacional e pela falta de infraestrutura de saneamento em periferias. Proteger as matas ciliares e ampliar o tratamento de esgoto são medidas essenciais para reverter o quadro. Sem isso a tendência é de deterioração contínua.
O impacto da qualidade dos rios da Mata Atlântica vai além do meio ambiente e atinge a vida de milhões de brasileiros. O bioma abriga 72% da população do país e fornece água para consumo irrigação e atividades econômicas. A qualidade dos rios da Mata Atlântica em condição regular ou pior representa um risco à segurança hídrica especialmente em tempos de crise climática. Em São Paulo onde a maioria dos rios analisados está comprometida a dependência de reservatórios como o Cantareira fica ainda mais crítica. Comunidades ribeirinhas e agricultores sentem os efeitos diretos dessa degradação. O relatório sublinha que água limpa é um direito básico em jogo.
A participação da sociedade é vista como chave para melhorar a qualidade dos rios da Mata Atlântica conforme enfatiza Gustavo Veronesi coordenador do programa Observando os Rios. Ações como o monitoramento voluntário e a pressão por políticas públicas têm mostrado resultados em locais como Ilhabela onde o Ribeirão do Curral passou de regular para bom. A qualidade dos rios da Mata Atlântica depende de um esforço coletivo que vai desde o plantio de árvores até a fiscalização de despejos ilegais. O estudo incentiva a criação de comitês de bacias hidrográficas para engajar moradores e governos. Sem essa mobilização os avanços correm risco de se perder.
Por fim a qualidade dos rios da Mata Atlântica em 2025 reflete um equilíbrio delicado entre esperança e urgência. Embora haja sinais de melhora em alguns pontos a predominância da condição regular e a piora em São Paulo mostram que o desafio está longe de ser superado. A qualidade dos rios da Mata Atlântica exige ações imediatas e contínuas como ampliar o saneamento básico e restaurar áreas degradadas. O relatório da SOS Mata Atlântica é um alerta para gestores públicos e cidadãos sobre a fragilidade desse recurso essencial. Proteger os rios é garantir o futuro de um bioma que sustenta a vida de grande parte do Brasil. O tempo para agir é agora.
Autor: Paula Souza
Fonte: Assessoria de Comunicação da Saftec Digital