Muito se fala sobre os direitos que as mulheres já conquistaram na sociedade, mas será que, de fato, existe essa tão sonhada igualdade? Para o advogado Alan Belaciano, que reconhece o Direito Desportivo como uma área muito importante, é pouco comum notar a presença feminina em alguns esportes que durante muitos anos foram considerados práticas para homens. Um exemplo bem claro é o futebol.
De acordo com os dados mais recentes, enquanto esportistas do sexo masculino representam o número de 347.487 pessoas, esportistas do sexo feminino representam apenas 12.804, isto é, um número relativamente menor, não é mesmo? Mas será que essa discrepância é dada pela falta de interesse por esse segundo grupo? Ora, acreditamos que não, e é por isso que, neste artigo, daremos um exemplo mais concreto sobre o assunto através de uma história verídica. Quer saber mais sobre ela? Então leia este texto até o final!
O futebol como esporte inclusivo
Para iniciar, vamos contextualizar melhor o esporte mais praticado no país: o futebol. Conforme explica Alan Belaciano, da Belaciano & Advogados, esse esporte, como bem sabemos, é uma ótima atividade para exercitar o corpo e desenvolver a habilidade do trabalho em equipe, e por isso, ele é incentivado em diversos locais, como por exemplo nas escolas e até mesmo em grupos de bairros. Isso quer dizer que ele não só pode, como deve ser considerado uma prática inclusiva, ou seja, que todos podem participar.
Ainda assim, é possível observar que nem sempre percebemos a presença feminina em atividades como essas, tendo em vista que a falta de oportunidade e falta de incentivo é frequentemente notada. Nas escolas, por exemplo, enquanto os garotos jogam futebol, as meninas são colocadas para treinar vôlei, mas será que, realmente, todas elas preferem essa outra opção?
Conheça Emanuelle Oliveira, a mineira que queria jogar futebol
Bom, ainda que haja uma certa parte que prefira exercer outras modalidades, há meninas que se interessam pelo futebol. Um ótimo exemplo pode ser visto em Emanuelle Oliveira, garota mineira que participa de treinos de futebol desde os 5 anos de idade. Conforme comenta Alan Belaciano, há pouco, Emanuelle pediu para participar do campeonato esportivo em sua escola, mas não teve acesso liberado pois não havia um time feminino, e ela não poderia jogar com os seus colegas do sexo masculino.
Qual foi a solução encontrada para o caso
Como consequência dessa impossibilidade, a sua família, juntamente com outras mães que defendiam e apoiavam a causa de deixar a menina participar do campeonato junto com os garotos, a história acabou chegando à justiça, que decretou que a mineira não só poderia, como deveria entrar na equipe e jogar com os seus colegas, tendo em vista que a prática esportiva é um direito que inclui todos os cidadãos. Ou seja, Emanuelle teve o final merecido, não é verdade? E tudo graças à atuação do Direito Desportivo.
Como o Direito Desportivo atua em sua defesa
Para aqueles que ainda não conhecem, o Direito Desportivo, que é um ramo do Direito, regulamenta todas as normas que devem ser mantidas durante a prática ao esporte, tal como defende que um bom atleta possui toda a condição para exercer uma modalidade específica. E conforme pontua Alan Belaciano, que é advogado do Kléber do Palmeiras e do Vasco, foi justamente essa área e suas normas que permitiram, e ainda permitem, a inclusão de pessoas como Emanuelle em times esportivos.