Você sabia que o SUS é o maior comprador de medicamentos do Brasil? Na perspectiva do empresário
, proprietário da Farma Conde, as indústrias farmacêuticas sofrem com diversos empecilhos no ramo, dentre eles está a forte dependência das importações de medicamentos. Por isso, se você possui interesse ou curiosidade no assunto, siga a leitura até o final e compreenda como o setor farmacêutico deve atuar para manter a inclusão do SUS no acesso aos fármacos.
Sabemos que sempre foi uma dificuldade incluir medicamentos de alto custo no Sistema Único de Saúde, de forma a serem distribuídos gratuitamente. Na concepção do empresário Manoel Conde Neto, com a pandemia do Coronavírus a maior dificuldade tem sido autorizar a inserção de medicamentos contra a covid-19 nesse sistema. Sendo assim, cabe avaliar essa dificuldade e entender também o papel da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesse contexto.
Caso você não saiba, as denominadas PDPs (Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo), são de suma importância no desenvolvimento mais tecnológico de medicamentos, que por sua vez também envolve as compras públicas de fármacos e equipamentos para o SUS. Nesse sentido, como pensa o empresário Manoel Conde Neto, essa iniciativa, criada em 2012, auxiliou no processo de desenvolvimento no mercado consumidor das farmácias.
É fato que o antiviral Molnupiravir vem sendo largamente usado em pacientes para o combate ao vírus da Covid19, sendo de extrema necessidade a sua liberação no SUS. Diversas empresas, tais quais a Fiocruz e a Pfizer, estão trabalhando em tratativas para que o medicamento seja liberado com urgência. Na visão do empresário Manoel Conde Neto o processo de aprovação por parte da Anvisa é demorado por conta das questões burocráticas que tendem a ficar cada vez mais exigentes, envolvendo o registro do medicamento no Brasil conforme a legislação.
Com isso, podemos entender como mesmo sendo o maior comprador de medicamentos, ainda assim, acaba impactando de forma negativa no setor farmacêutico, haja vista que as terapias e os tratamentos são interrompidos em virtude de um sistema pouco estruturado. Agora você entende a necessidade de se investir diretamente no SUS, não é mesmo? Saiba que as barreiras burocráticas após a pandemia se tornaram mais acirradas e que diversos medicamentos oncológicos seguem parados no sistema de autorização, não podendo serem contemplados no âmbito de emergência.